Relatos das observações e registro do eclipse solar anular de 14/10/2023 pela equipe do CEAAL em Araruna/PB (Relatos de Neftali Jr, Andesson Mendes e Hélvio Peixoto)

1 – Relato de Neftali Jr:

No sábado dia 14, por volta das 11h, enquanto acontecia a plenária e a palestra de encerramento do 23º ENAST, algumas pessoas já procuravam local na sacada dos 3º e 4º andar do prédio de Física da UEPB de Araruna, que fica virada pro oeste e tinha o horizonte livre, um ótimo local para realizar a observação do Eclipse que em Araruna se iniciaria às 15h29(local). 

{visão do horizonte oeste do prédio de Física da UEPB}

Neftali reservou um espaço que ficava numa reentrância da rampa de descida do prédio no 4º andar. A maioria dos inscritos no 23º ENAST, principalmente os pertencentes a grupos e entidades do meio astronômico, se espalharam pela cidade de Araruna por diversos pontos para o melhor registro e observação. Mas a equipe do CEAAL preferiu se manter na sede do evento. Depois do almoço, às 14h,  começou a movimentação de pessoas ajustando seus instrumentos e se alocando para a observação, Neftali, Andesson, Ernande e, sua namorada, Maria Eduarda foram ao local reservado para apontar os telescópios e deixar tudo pronto pro Eclipse. O sócio Helvio, que havia ficado em Campina Grande na casa de familiares, chegou em Araruna por volta das 14h20, junto de seu filho Levi, sua esposa Marília e sua sobrinha Letícia. Na chegada eles foram abordados pela equipe da REDE B TV da Paraíba onde deram uma breve entrevista.

Por volta das 15h já estávamos com os três telescópios posicionados. Ernande com seu refletor Celestron Nexstar de 114mm, montagem AZ-GTI no modo equatorial e Andesson com seu refletor Meade Polaris 130mm, montagem equatorial, ambos faziam ajustes enquanto Helvio alinhava o Alemão II, um refrator Celestron Nexstar de 102mm pertencente ao CEAAL, todos os três telescópios devidamente equipados com filtro para observação solar. Com problemas no tracker da montagem, Hélvio precisou usar o telescópio fazendo ajustes manuais, Neftali o ajudou a buscar o Sol usando o red dot fazendo projeção nas mãos, já que não haviam colocado filtro no red dot.

{foto Ernande e Andesson ajustam seus Telescópios}

Depois das 15h, mais pessoas começaram a chegar no corredor em que a equipe do CEAAL se instalou, mas poucas estavam com telescópios. Muitas possuíam óculos ou filtro para observação solar. Uma pessoa chegou a levar uma máscara de solda completa. Como Hélvio esqueceu de levar uma câmera, o Alemão II ficou disponível apenas para observação à ocular, que foi bastante aproveitada por crianças, adultos e idosos que estavam por lá. Muitos não eram participantes do ENAST e vários sotaques estavam sendo falados por lá.

{foto Maria Eduarda observa o Sol através do telescópio Alemão II equipado com filtro para observação solar}

Haviam por volta de 7 ou 8 telescópios no andar em que estavam somados os 3 da equipe do CEAAL. Apenas o nosso Alemão II estava disponível para observação do público e foi bastante apreciado. Foi estimado que entre 50 e 70 pessoas fizeram observações no Alemão II, várias delas mais de uma vez ao longo do eclipse. Ernande fez vários vídeos do eclipse com a câmera Svbony SV305 Pro e Andesson iniciou uma live no seu canal do instagram (@prof.andessonm) transmitindo imagens do telescópio direto da ocular com seu celular.

{foto Rampa de acesso ao 4º andar e corredores do prédio da Física da UEPB cheia de curiosos}

Nos primeiros 30 minutos de eclipse algumas nuvens se apresentavam no céu de Araruna, umas mais finas e menores outras mais espessas e maiores, mas nada que atrapalhasse muito a visualização. Ao primeiro contato da sombra da Lua, no ápice do eclipse e no segundo contato, todos comemoraram com gritos, aplausos e até apitos.

{foto Alemão sendo operado pelo sócio Hélvio}

Pouco antes do ápice, por volta das 16:15, era notável o escurecimento do céu e a queda de temperatura. Vários postes acenderam no campo à nossa frente. Hélvio ainda relata: “Infelizmente não consegui observar o anel de diamante de Bailey (Bailey’s beads), mas Neftali teve essa sorte.”

O céu ficou aberto e livre de nuvens a partir das 16h e foi assim até o pôr do sol, que se pôs eclipsado em torno de 30% (estimativa de Hélvio). No horizonte tínhamos uma pequena camada de nuvens que diminuíram a duração da nossa observação em alguns poucos minutos.

{foto Equipe de Sócios (Ernande, Andesson, Neftali e Hélvio) que fizeram observação e registro do eclipse a partir do prédio da Física da UEPB de Araruna}

2 – Relato de Andesson Mendes:

No dia do eclipse nos preparamos às 15:00 arrumando os telescópios o meu Meade Polaris 130 mm, com o celular Xiaomi Mi Note 10 acoplado para live no Instagram, que começou às 15:30.

Telescópio de Andesson Mendes

O vento apresentou muita gente para observação, o ponto em que estávamos era privilegiado, estávamos no terceiro andar da UEPB. E de lá pudemos observar esse fenômeno magnífico. A live feita por mim durou em torno de 2 horas, aos 10 segundos de formar o anel, as pessoas presentes começaram a fazer a contagem guiadas por Neftali, todos gritando e aplaudindo esse momento histórico.

Pôr do Sol eclipsado. Foto de Andesson Mendes

3 – Relato de Hélvio Peixoto:

Cheguei à UEPB campus Araruna por volta das 14:20, vindo de Campina Grande (e antes disso Maceió). Neftali e Andesson já tinham garantido um local privilegiado pra observação, com o Oeste desempedido. O locar ficava numa reentrância da rampa de descida do prédio da UEPB, no quarto andar.

Quando estávamos entrando no prédio para montar o telescópio, eu, Marília, Levi e Letícia fomos abordados pela TV Borborema, de Campina Grande. Letícia foi rapidamente entrevistada.

Ernande e Eduarda chegaram uns 10 minutos depois. Por volta das 15:00 já estávamos com os três telescópios posicionados. Ernande e Andesson faziam ajustes enquanto eu alinhava o Alemão 2.

Usei o Alemão 2 com uma ocular Celestron de 25mm, mas tive problemas com o tracker da montagem e precisei usar o telescópio fazendo ajustes manuais. Neftali ajudou a buscar o céu usando o reddot fazendo projeção nas nossas mãos, já que não colocamos filtro nele.

Depois das 15h, mais pessoas começaram a chegar no corredor em que estávamos, mas poucas estavam com telescópios. Muitas possuiam algum óculos ou filtro de observação solar. Uma pessoa estava com uma máscara de solda completa.

Como esqueci de levar uma câmera, o Alemão 2 ficou disponível apenas para observação à ocular, que foi bastante aproveitada por criancas, adultos e idosos que estavam por lá. Muitos não eram participantes do Enast, e vários sotaques estavam sendo falados por lá.

Hélvio orienta seu filho, Levi, a observar o eclipse. Foto: Hélvio Peixoto

Contei por volta de 7 ou 8 telescópios no andar em que estávamos, contando nossos 3. Apenas o nosso Alemão 2 estava disponível para observação do público e foi bastante apreciado. Estimo que entre 50 e 70 pessoas fizeram observações com a gente, várias delas mais de uma vez ao longo do eclipse.

Nos momentos do primeiro contato, ápice e segundo contato, todos comemoraram com gritos, aplausos e até apitos.

Pouco antes do ápice, por volta das 16:15, era notável o escurecimento do céu e a queda de temperatura. Vários postes acenderam no campo à nossa frente. Infelizmente não consegui observar o anel de diamante de Bailey (Bailey’s beads), mas Neftali teve essa sorte.

O céu ficou aberto a partir das 16:00 até o pôr do sol, que se pôs eclipsado em torno de 30% (minha estimativa). No horizonte tínhamos uma pequena camada de nuvens que diminuíram a duração da nossa observação.

Equipe CEAAL, Araruna, posa para foto

Desmontamos os telescópios e às 17:30 já estava na estrada de volta para Campina Grande, onde cheguei às 19:50.

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