Olá a todos os amigos e amigas do CEAAL em Alagoas, no Brasil e no Mundo.
O CEAAL realizou no dia 15/02/2023 das 21:00 às 22:00 uma live especial sobre os 10 anos do famoso evento de Chelyabinsk, na Rússia. Romualdo e Betânia participaram desta live.
Romualdo e Betânia no início da live
Começamos a falar lembrando o dia 15/02/2013 nas proximidades da cidade Russa de Chelyabinsk, quando nas primeiras horas da manhã local, um superbólido foi visto “rasgando” o céu da cidade, cujo brilho, por alguns instantes, ficou maior do que o brilho do próprio Sol, deixando um rastro fortíssimo no céu. Tal aparição foi a mais registrada da História devido a câmeras de vídeos dispostas em prédios e, principalmente, em automóveis.
Registro do evento em 15/02/2013
Após o forte brilho fica esse rastro intenso no céu
Depois do espetacular fenômeno luminoso, seguiu-se um temor petrificante que durou alguns minutos e, então, veio a onda de choque com estampidos ensurdecedores o que ocasionou a quebra de vidraçarias e queda de construções mais frágeis, levando a mais de 1100 pessoas se ferirem na cidade como consequência do que foi relatado acima. Exibimos vídeos da época sobre esses fatos.
Janelas quebradas e queda de construções.
Correlacionamos o evento de Chelyabinsk com outro, mais potente que aconteceu em 30/06/1908, também na Rússia, na região de Tunguska. No mais recente (2013) houve muitos feridos e não houve mortes. Já no mais antigo em 1908, devido ter ocorrido numa área deserta (Sibéria), houve poucos feridos e nenhum registro fotográfico ou filmagens devido às limitações da época. Especula-se que, em Tunguska, alguns caçadores locais tenham perecido neste trágico acontecimento.
Comentamos que o superbólido de Chelyabinsk explodiu a cerca de 30 Km de altura, tinha 20m de diâmetro e liberou mais energia do que a bomba atômica Trinity, testada em 1945 no deserto do Novo México (EUA), entrou num ângulo de 20º e sua composição seria predominantemente de silicatos. Falamos sobre os principais tipos de asteroides de acordo com sua composição: Silicatos, Carbonáceos, Metálicos e especulamos o que teria acontecido se sua composição fosse de Ferro e Níquel, ao invés de silicatos, e o asteroide entrasse em nossa atmosfera num ângulo maior…
Mostramos ainda um quadro da classificação desses objetos menores do sistema solar (Cometas, Meteoroides, Asteroides, Meteoros, Bólidos, Superbólidos, Meteoritos) explicando as diferenças dessa nomenclatura. Para isso falamos também no conceito de magnitude, onde quanto menor e mais negativo o número, mais brilhante o objeto é, por exemplo: O Sol tem magnitude aparente de -26, a Lua Cheia de -15, o Planeta Vênus de -4.0
Concluímos falando sobre a importância da prevenção com eventos eventos semelhantes no futuro e cuja primeira providência seria detectar os objetos dias antes e traçar aonde o mesmo iria explodir, a que altura e se chegariam fragmentos ao solo. Secundariamente, caso os objetos não fossem detectados – Tunguska e Chelyabinsk não foram detectados antes – as pessoas deveriam reconhecer os sinais nos céus ao avistarem um superbólido e, antes da chegada da onda de choque, se protegessem em ambientes seguros, longe de janelas (poderiam se despedaçar lançando no ar estilhaços cortantes) e distantes de construções frágeis que poderiam desabar ou de locais que contenham substâncias inflamáveis.
Terminamos nossa live agradecidos ao Saulo Machado, Coordenador Global de Eventos do Asteroid Day e Conselheiro da União Brasileira de Astronomia (UBA), por nos lembrar desta data importante. Agradeço também à amiga do CEAAL Betânia Pereira por agendar e participar junto comigo, Romualdo Caldas, da live.
Um bom fim de semana e feriado a todos.
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